DONS DE REVELAÇÃO
TEXTO
ÁUREO
"Que
fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação (I Co 14,26).
VERDADE PRATICA
Os dons
de revelação divina são indispensáveis à igreja da atualidade, pois vivemos em
um tempo marcado pelo engano.
INTRODUÇÃO
O teólogo
pentecostal Stanley Horton afirma que “a maioria dos estudiosos classifica os
dons de 1 Coríntios 12.8-10 em três categorias: revelação, podere expressão,
[tendo] três dons em cada categoria". Na lição desta semana estudaremos a
respeito dos dons da “primeira categoria”: os de revelação. Estes são
concedidos aos servos de Deus para o aconselhamento e orientação da Igreja do
Senhor.
I - PALAVRA DA SABEDORIA
1.
Conceito. O termo
palavra exprime uma manifestação verbal ou escrita. Segundo o Dicionário
Eletrônico Houaiss, sabedoria significa “discernimento inspirado nas coisas
sobrenaturais e humanas”. A sabedoria abordada pelo apóstolo Paulo em 1 Coríntios
12.8a refere-se a uma capacitação divina sobrenatural para tomada de decisões
sábias e em circunstâncias extremas e difíceis. De acordo com Estevam Ângelo de
Souza, “a palavra da sabedoria é a sabedoria de Deus, ou, mais especificamente,
um fragmento da sabedoria divina, que nos é dada por meios sobrenaturais”.
2. A
Bíblia e a palavra de sabedoria. Embora na Antiga Aliança os dons espirituais não
fossem plena e claramente evidenciados como na Nova, alguns episódios do Antigo
Testamento vislumbram o quanto Deus conferia aos homens sabedoria do alto para
executar tarefas ou tomar decisões. Um exemplo disso é a revelação e a
interpretação dos sonhos de Faraó através de José, o filho de Jacó (Gn
41.14-41). Ele não apenas interpretou os sonhos de Faraó, mas trouxe
orientações sábias para que o Egito se preparasse para o período de fome que
estava para vir. A habilidade do rei Salomão em resolver causas complexas,
igualmente, é um admirável exemplo de dom da sabedoria no Antigo Testamento (1
Rs 3.16-28; 4.29-34).
Em o Novo
Testamento podemos tomar como exemplo de palavra da sabedoria a exposição da
Escritura realizada pelo diácono e primeiro mártir cristão, Estevão.
O livro
de Atos conta-nos que os sábios da sinagoga, chamada dos Libertos, “não podiam
resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava” (At 6.9,1 0).
3. Uma
liderança sábia. A
palavra de sabedoria é de grande valor na tarefa do aconselhamento pessoal e em
situações que demandam uma orientação no exercício do ministério pastoral
Entretanto, tenhamos cuidado para não confundir a manifestação desse dom com o
nosso desejo pessoal, Lembremo-nos de que Deus manifesta os dons em nossas
vidas segundo o conselho da sua sabedoria, não da nossa. Tenhamos maturidade e
cuidado no uso dos dons!
SINOPSE DO TÓPICO (1)
A
sabedoria a que se refere 1 Coríntios 1 2.8 não é a humana, adquirida mediante
os livros ou nas universidades, mas sim uma capacidade sobrenatural, divina,
para tomar decisões sábias em circunstâncias extremante difíceis.
II - PALAVRA DA CIÊNCIA
1- O que
é? Este dom
muito se relaciona ao ensino das verdades da Palavra de Deus, fruto do
resultado da iluminação do Espírito acerca das revelações dos mistérios de Deus
conforme aborda Stanley Norton, em sua Teologia Sistemática (CPAD). Este dom
também se relaciona à capacidade sobrenatural concedida pelo Espírito Santo ao
crente para este conhecer fatos e circunstâncias ocultas.
2. Sua
função. O dom da
palavra da ciência não visa servir a propósitos triviais, como o de descobrir o
significado dos tecidos do Tabernáculo ou a identidade da mulher de Caim, etc.
isto é mera curiosidade humana, e o dom de Deus não foi dado para satisfazê-la.
A manifestação sobrenatural deste dom tem a finalidade de preservar a vida da
igreja, livrando-a de qualquer engano ou artimanha do maligno.
3.
Exemplos bíblicos da palavra da ciência. Ao profeta Eliseu foram revelados os planos de
guerra do rei da Síria. Quando o rei sírio pensou em atacar o exército de
Israel, surpreendendo-o em determinado lugar, o profeta alertou o rei de Israel
sobre os planos inimigos (2 Rs 6.8-12). Outro exemplo foi a revelação de Daniel
acerca do sonho de Nabucodonosor, quando Deus descortinou a história dos
grandes impérios mundiais ao profeta (Dn 2.2,3; 17- 19). Em o Novo Testamento,
esse dom foi manifesto quando o apóstolo Pedro desmascarou a mentira de Ananias
e Safira (At 5.1-11). O dom da palavra da ciência não é adivinhação, mas
conhecimento, concedido sobrenaturalmente, da parte de Deus.
SINOPSE DO TÓPICO (2)
O dom da
palavra da ciência não é para servir a propósitos triviais. A manifestação
sobrenatural deste dom tem a finalidade de preservar a vida da igreja,
livrando-a de qualquer engano ou artimanha do maligno.
III - DISCERNIMENTO DOS ESPÍRITOS
1. O dom
de discernir os espíritos. É uma capacidade sobrenatural dada por Deus ao crente para discernir a
origem e a natureza das manifestações espirituais. De acordo com o termo grego
diakrisis, a palavra discernir significa “julgar através de”; “distinguir”. Ela
denota o sentido de “se penetrar da superfície, desmascarando e descobrindo a
verdadeira fonte dos motivos”. Stanley Horton afirma que este dom “envolve uma
percepção capaz de distinguir espíritos, cuja preocupação á proteger-nos dos
ataques de Satanás e dos espíritos malignos” (cf. 1 Jo4.1).
2. As
fontes das manifestações espirituais. Ao longo das Escrituras podemos destacar três
origens das manifestações espirituais no mundo: Deus, o homem e o Diabo. Uma
profecia, por exemplo, pode ser fruto da ordem divina ou da mente humana ou
ainda de origem maligna. Como saber? Aqui, o dom de discernir os espíritos tem
o papel essencial de preservar a saúde espiritual da congregação. Segundo nos
ensina o pastor Estevam Ângelo, o “discernimento de espíritos não é habilidade
para descobriras faltas alheias”. O dom não é uma permissão para julgar a vida
dos outros.
3.
Discernindo as manifestações espirituais. A Palavra de Deus nos ensina que os espíritos
devem ser provados (1 Jo 4,1). Toda palavra que ouvimos em nome de Deus deve
passar peio crivo das Sagradas Escrituras, pois o Senhor Jesus nos advertiu
sobre os falsos profetas. Ele ensinou-nos que os falsos profetas são conhecidos
pelos “frutos que produzem”, isto é, pelo caráter (Mt 7.15-20). Jesus conhece o
segredo do coração humano, mas nós não, e por isso precisamos do Espírito Santo
para revelar-nos a verdadeira motivação daqueles que falam em nome do Senhor. O
apóstolo João nos advertiu acerca do “espírito do anticristo” que já opera
neste mundo (1 Jo 4.3).
SINOPSE DO TÓPICO (3)
O dom de
discernimento dos espíritos é uma capacidade sobrenatural dada por Deus ao
crente para discernir a origem e a natureza das manifestações espirituais.
CONCLUSÃO
A Igreja
de Jesus necessita dos dons de revelação para discernir entre o certo e o
errado, entre o legítimo e o falso. Os falaciosos ensinos e as manifestações
malignas podem ser desmascarados pelo dom do discernimento dos espíritos. Que
Deus conceda à sua igreja dons de revelação para não cairmos nas astutas
ciladas do Maligno.
Pastor Paulo Pedro
AD- Ribeirão Claro Pr
Nenhum comentário:
Postar um comentário